INDICAÇÕES:
- Na DAC estável, como alternativa aos exames funcionais, para pacientes com probabilidade pré teste baixa a intermediária.
- Na DAC estável, para pacientes com exames inconclusivos ou divergentes.
- Pacientes com suspeita de coronárias anômalas.
- Investigação de síndrome coronariana muda em pacientes de baixo risco.
- Avaliação da potência de enxertos cirúrgicos.
A angiotomografia de coronárias permite a avaliação da anatomia coronariana de forma não invasiva. Tem como vantagem sua alta sensibilidade e valor preditivo negativo na identificação de estenoses coronarianas significativas.
Permite quantificar a carga ateroesclerótica e fornece informações sobre o grau de estenose, características e localização da placa.
Limitações:
- Não permite avaliar a repercussão funcional das lesões.
- É necessário controle de FC para a realização do exame.
- Uso de radiação e contraste.
Baseado em evidências:
- O estudo SCOT HEART se propôs a avaliar se a associação de CTA na estratégia inicial de investigação de DAC teria impacto na redução de desfechos em 20 meses, com uma posterior análise de 5 anos. A maioria dos pacientes foi submetido a teste ergométrico, mostrando uma redução na incidência de infarto naqueles em que a CTA foi realizada de forma complementar. Os resultados advém da reclassificação do paciente como portador ou não de DAC a partir dos achados da CTA e a adoção de terapias preventivas.
- Já o estudo PROMISE, que comparou métodos funcionais versus CTA como estratégia inicial, sendo a cintilografia de perfusão miocárdica o exame funcional mais utilizado, não mostrou diferença na ocorrência de desfechos em 2 anos.
Referências:
– Knuuti, J. et al. ESC Guidelines for the diagnosis and management of chronic coronary syndromes: The Task Force for the diagnosis and management of chronic coronary syndromes of the European Society of Cardiology (ESC), European Heart Journal, ehz425. 2019.
– Newby D.E. et al. CT coronary angiography in patients with suspected angina due to coronary heart disease (SCOT-HEART): an open-label, parallel-group, multicentre trial. Lancet 385:2383–2391. 2015.
– Newby D.E. et al. Coronary CT Angiography and 5-Year Risk of Myocardial Infarction. N Engl J Med 379:924-33. 2018.
– Douglas, P.S. et al. Outcomes of Anatomical versus Functional Testing for Coronary Artery Disease. New England Journal of Medicine, 372;14. 2015